Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2022-2035 integra de forma transversal questões sobre o fenómeno nas políticas nacionais
A seca e a desertificação no sudoeste de Angola continuam a ser a principal preocupação do Executivo, que tem implementado o Programa de Combate aos Efeitos da Seca na Região Sul, através da construção de novas Barragens, para promover o desenvolvimento agropecuário e reforçar a segurança alimentar das comunidades, reconheceu, nesta terça-feira [12.11.2024], a Vice-Presidente da República.
Esperança da Costa, que discursava em Baku, Azerbaijão, no Debate de Alto Nível da COP 29, referiu que Angola enfrenta desafios gerados por impactos significativos das alterações climáticas, razão pela qual a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2022-2035 integra de forma transversal questões sobre as alterações climáticas nas políticas nacionais, a par do financiamento, melhorias na pesquisa, observação e análise dos cenários climáticos, de modo a identificar perigos e partilhar dados para responder aos efeitos das alterações climáticas.
A Vice-Presidente informou que está em curso o Plano Nacional de adaptação às Alterações Climáticas e em revisão a Contribuição Nacionalmente Determinada para 2025, centrada nos sectores de Transporte e Energia. Também destacou o reforço da matriz energética nacional com energias renováveis, e a valorização das florestas numa nova visão que visa beneficiar a criação de empregos verdes, para que a juventude e as comunidades possam ser incluídas na gestão dos ecossistemas florestais. “Continuamos a envidar esforços para o aumento das áreas de conservação terrestres, e iniciamos um programa de identificação de zonas marinhas que vai permitir a criação da rede de áreas marinhas protegidas, crucial para o desenvolvimento da economia azul”.
A Vice-Presidente da República destacou a implementação de estratégias para intensificar os compromissos globais em relação às metas climáticas, e simultaneamente garantir a melhoria das condições de vida das populações, através da redução da pobreza, da criação de um ambiente de harmonia na África Austral, e da cooperação profícua por via da gestão partilhada de recursos hídricos transfronteiriços.